quinta-feira, 28 de junho de 2007

o amor.

ainda é tempo de provas - de amor e de biologia e inglês também - e já que esse era o tema da prova, eu fiz. escrevi o que veio na minha cabeça sem me preocupar com a coerência das palavras e dos parágrafos e [ não ] se interligavam, o amor é tão complexo que é [im]possível resumi-lo em apenas algumas linhas e mais do que isso, em apenas alguns [ oitenta ] minutos. tive que escrever rápido, tentar mesclar idéias e dizer o que eu realmente estava pensando.
difícil.
eu me espelhei em mim mesma p. escrever, em todas as fases que os meus amores já tiveram, - incluindo as que eu não fiz parte - todas as vezes que eu sofri pelos meus diferentes tipos de amor, nas minhas tantas [in]experiências.
o amor é tão simples e tão complexo ao mesmo tempo, o amor não é relativo. ou é amor, ou não é.
cheguei em casa pensando muito nisso, vi os olhares apaixonados dos meus pais mesmo depois de dezessete anos de convivência, o tom da voz da minha mãe ao me dizer boa noite, na forma que os atores conseguem fingir o amor, por falar nisso, assisti doce novembro ontem.! isso sim que é história de amor.: mesmo sabendo que ela tinha cancer e poderia morrer a qualquer instante, ele quis casar-se com ela, dizia que a amava - aquela poderia ser a última vez, né.? - e que abriria mão de qualquer coisa por ela. o amor dos filmes é uma coisa muito bonita mesmo, infelizmente de verdade nem sempre é assim e todos os obstáculos nos colocam frente-a-frente com decisões difíceis. impossível dizer quantas vezes eu já desisti de amar alguém por medo, por insegurança.
o amor é tão presente.!
gosto de escrever ouvindo música, acho que isso me inspira e coloca as palavras certas na minha cabeça; pensei em qual música escolher p. escrever tudo isso que estava na minha cabeça desde ontem, antes de dormir. abri uma pasta aqui no computador e me deparei com milhares de músicas, todas falando sobre amor.gostam tanto de falar sobre amor, é bem mais fácil dizer do que fazer.
concordo.
os versos de uma música diz assim 'uma vida sem amor é uma vida sem sentido', um poeta lá do sertão de arco verde no início do século disse que o amor havia comido seu nome, sua identidade e até seu cartão de visitas. tudo bem que ele usa metáforas e outras figuras de linguagem, mas eu me pego a pensar.: seria engraçado ver quatro letrinhas - A.M.O.R. - correndo atrás de roupas e papéis p. comer. hahaha.
a gente é assim mesmo, sempre vê algo aonde não existe nada, imagina coisas e vive de ilusão, vive de amor e vive querendo amar, querendo amor e querendo ser amado quando na verdade, p. se ter amor, não é preciso pedir, só é preciso deixar acontecer e deixar que, ele - o próprio amor - se encarregue de todo o resto.
se nos preocupássemos menos, talvez amaríamos mais.!
a gente quer sempre ir pelo "caminho certo", fazer as coisas certas, encontrar a pessoa certa e quando nos damos conta, acabamos nos perdendo no caminho, errando nas atitudes e por fim, encontrando alguém que nos faz feliz - mesmo sem ser a pessoa certa.a gente ainda acredita que existe conto-de-fadas, romances de "namoro na tv" e que, um dia, vamos encontrar a pessoa que deus mandou à terra, só p. nos encontrar, aí chega uma hora que as coisas começam a complicar e a história de amor tem que passar por cima de algumas dificuldades - sejam elas quais forem - e a gente desisti.
e aonde fica aquela velha história de que o brasileiro não desiste nunca.?
nenhuma história de amor, affáir ou até aquela pegação da balada deve ser desperdiçava pelos problemas.!
eu demorei p. entender isso e com o passar dos dias aprendi a me ver com o amor da minha mãe, do meu pai, dos meus irmão e da minha cadela, com o amor dos meus amigos e das pessoas que estavam ao meu redor e me vi na necessidade de ter um amor diferente, que fosse só meu - não, eu não estou falando do amor-próprio pois esse sempre esteve comigo - e que pudesse estar comigo nos momentos em que só eu não bastasse, aquilo de algo que me completa, sabe.?eu procurei em todos os lugares, procurei nas fotos que via na internet, procurei nos meus amigos e não encontrei. aí quando me dei conta, na rua de cima de casa morava uma pessoa que eu nunca tinha visto, - diz ele que por não olhar p. baixo pois ele tinha estatura baixa - e dentre todos os outros que já haviam passado pela minha vida, ele era o que mexia comigo por dentro e que me fazia ter vontade de realmente, ter alguém por perto. o pai dele, infelizmente, faleceu e os problemas - sempre, os problemas.! - e terminamos por isso, sofri por ele e em todas as músicas que ouvia, via a nossa história - o amor que as músicas falam, às vezes é a falta dele. quando eu havia me recuperado, ele reapereceu na minha vida e voltamos, mas não queria mais, ele já tinha me feito sofrer e acho que, insistir em um erro é burrice e não orgulho.
terminamos, mais uma vez.
eu me sentia livre de novo, voltei a sair com os meus amigos e o meu melhor amigo, me via como confidente de novo, me contou de uma menina que estava a fim, apresentou-me a ela.
paixão, dela por mim, instantanea.
não que eu seja muito bonita e muito simpática, mas eu via pela forma que ela me olhava que era sincero.
eu nunca tinha ficado com meninas, era ignorante e não entendia o fato de gostar de pessoas e não dos sexos delas.quis ser amiga dela, sem intenção - que eu assuma - em ter algo com ela.
nos víamos todos os dias, ela estudava de tarde e matava aulas somente p. ir me buscar na saída do senai, nos víamos às 17hs, conversávamos e ela fumava compulsivamente e ainda era depressiva, sempre quis que ela parasse mas ela nunca me deu ouvidos, aliás, parava apenas enquanto estava ao meu lado.
toda essa convivencia fez com que eu deixasse meu orgulho de lado, mesmo com peso na consciencia e ficasse com ela. foi horrível, diria até que uma das piores sensações da minha vida. me sentia mal por ter traído a amizade do meu melhor amigo e os sentimentos dele, também e me sentia pior ainda por ter ficado com uma menina - acho que meu grande medo era gostar.
contei p. meu amigo e ele entendeu, desejou que fossemos felizes juntas e disse que era o melhor, visto que ela gostava de mim.
como já disse, ela fumava muito e era depressiva, alegava a todos que estava com ela apenas p. tirar ela daquela vida - cigarros e depressão. me apaixonei.nunca assumi.errei com ela, insisti e persisti nos erros.
perdi.
perdi o tal amor da minha vida e a pessoa em quem me inspirava p. escrever, hoje me vejo assim, escrevendo sem sentido e sem ter p. quem escrever.
hoje me vejo assim, compreendendo o sentido do amor e o sentido de amar as pessoas. amadureci com tudo que aconteceu e amadureci ao ponto de dizer que amava ela - pena que o tempo já tivesse passado.
me arrependi.
sofri.
o amor é feito de erros e acertos, dias felizes e tristes, sorrisos e lágrimas.
ao lado dela, eu aprendi isso e aprendi também, que o amor é simples o bastante e que, não importa quem você ame, o quanto ame e até quando esse amor vai durar; o que importa é que você AME e ame de verdade, sem se importar com o que as pessoas vão achar, com o que as más-línguas vão falar.
quem compreende o que é o amor, compreende o que é a vida e compreende muitas outras coisas que são de difícil entendimento.
não importa se o amor for pela família, por alguém especial ou por você mesmo, o que importa é que seja amor - que seja amor - e que seja expresso seja pelo simples te amo ou pelo caliente te quiero, pelo romântico jet'aime ou pela forma contraída i love you - luv yá.
o amor não tem sexo.
o amor não tem idioma.
o amor é só o amor.


simples assim.

2 comentários:

Bruna disse...

Ual, num sabia que escrevia linda!
muito legal msm !!!
sucesso como jornalista msm!!! escreve mto bem ^^
parabens, sempre passarei por aki ler suas coisas agora!!!
ja tem uma fa rsrsrsrs

bjussss Luh

Unknown disse...

Gosto das suas palavras, da forma com o qual vc joga pra fora de si mesma tudo akilo q nós deveríamos admitir.
Adoro ler o q vc escreve, se um dia vc fizer um livro, me avise, vou ser a primeira a kerer comprá-lo
;)