domingo, 16 de novembro de 2008

eu nem me conheço mais.

é, não sei como mas eu nem me conheço mais.
não sei mais escrever como eu escrevia antes, não sei mais usar as palavras que eu usava antes quando falava e não sei mais pensar em coisas que eu pensava antes, da forma que eu pensava antes.
olha, não que isso seja ruim. mudanças devem estar presentes em pelo menos 99% dos dias das nossas vidas; se tudo fosse tão igual, reclamaríamos. também.
o problema é que as vezes eu sinto falta de falar mais desbocadamente, de escrever como se as palavras me levassem a um lugar longe e de pensar sem me preocupar tanto.
essas mudanças devem ser acarretadas pelo meu trabalho.
em quatro meses, mudei duas vezes.
no ínicio foi uma questão de necessidade e de achar que tinha chegado a hora de retomar minhas atividades e logo depois eu já me via de saco cheio de fazer aquilo e sem contar que, trabalhar aos sábados é a pior coisa que já inventaram.
não sosseguei e fui procurando outro emprego e tcharam, quando menos esperava, achei. foi pouco menos de um mês de busca e de tudo certo de primeira: gostaram de mim, gostei deles, começei a trabalhar, me dou bem com todo mundo de lá e não trabalho aos sábados - saio até mais cedo às sextas por causa da religião deles.
me dei bem.
só não me dei bem pq agora despertou-se em mim uma vontade imensa de fazer faculdade que eu não tinha antes - ao menos, não tinha com tanta urgência - e todo o tempo que eu levei a escola 'com a barriga' está se fazendo necessário agora.
não que eu não tenha aproveitado nada do que aprendi na escola, mas a preparação quando se almeja um vestibular de boa qualidade deve ser mais pensada e não é em duas semanas que eu vou rever tudo que acho que ficou 'pelas coxas'.
áh, eu nem sei como vai ser o meu futuro, minha vida está tendo mudanças constantes!
eu não tenho mais aquela calma que eu tinha antes. quer dizer, até tenho, mas ela se perde fácilmente.
agora, eu tenho uma preocupação imensa com a forma que gastarei pq quero um futuro logo. nunca foi paciente e acho que isso continua da mesma forma agora e continuará, também, daqui uns quinze anos.
faço cálculos de juros, de investimento, de tudo! mas até agora não sai do lugar...
talvez seja pq não é a hora.
talvez seja pq o destino foi cruel comigo e resolveu colocar essa crise capitalista logo agora.
talvez seja pq eu ainda só tô começando a amadurecer...

terça-feira, 24 de junho de 2008

relatos de uma sexta feira.

numa dessas sextas-feiras de junho, eu saí depois da aula e fui p. uma rua que tem aqui perto que é o lugar que deveria ser mais legal de toda a cidade - mas não é.
chegando lá, todas as expectativas de uma noite divertida foram por água abaixo quando pagamos sete reais p. entrar em um lugar que tinha onze pessoas dentro - sem mentir.
o habibs ganha a vida com pessoas que desistem de baladas miadas e passam a noite por lá tomando caipirinha p. ganhar chopp e não ter a noite toda em vão.
enfim, pouco importa como o habibs ganha a vida e como deixou a desejar o passeiozinho noturno, o que importa é que, depois de todas essas coisas sem-graça, estava eu ,caminhando rumo à minha casa, quando passou um carro e me chamou p. ir até lá. não fui. uns cinco minutos depois passou outro e párou do meu lado, abriu o vidro e disse que se eu entrasse lá ele me daria cinquenta reais. não entrei também, mas antes de ir embora questionei se ele me achava com cara de p*ta ou de pobre.
não que eu tenha algum tipo de preconceito à essas duas classes-sociais, mas é que pela forma que eu estava vestida, não me enquadro em nenhuma das duas. não sou rica, mas também não sou pobre ao ponto de entrar no carro de qualquer um por cinquenta reais.
olha, confesso que cinquenta reais já me resolve muita coisa.: compro umas besteirinhas e como em algum fastfood duas vezes. minha semana já seria bem mais feliz se isso acontecesse e se ele quisesse só conversar, teria entrado no carro com o maior prazer e depois ainda dizia p. ele me deixar em casa. hahahaha.
pena que não foi o que aconteceu.
fui embora e ele também, procurando um outro alguém que aceitasse a sua proposta.
não sei pq ele fazia aquilo. talvez tivésse brigado com a esposa ou não tenha mais lugar aonde enfiar o dinheiro e dá à pessoas que ele considera que necessitam ou nem tenha uma esposa e ache esse o jeito mais fácil de suprir necessidades físicas e psicológicas.
não sei o que se passa na cabeça de uma pessoa que faz essas ofertas e tampouco nas que se submetem à isso.: a vida vale mais do que isso, a importância que cada um de nós tem perante a vida - nossa própria e dos que nos rodeiam - é um valor inestimável que dinheiro algum é capaz de pagar e muito menos, por horas.

não se assuste quando alguém te parar na rua e falar p. você "dividir" uma hora da sua vida por cinquenta reais.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

oi, tem alguém aqui.?

pouco importa agora, depois de toda a minha ausência eu volto, em presença e peso.
imagina-se que eu tenha muito o que falar por todo esse tempo que me ausentei. a raíz dessa ausência foi a falta do que falar e de vontade de escrever também, mas ambas voltaram e o melhor disso é que ao mesmo tempo.!
nesse meio tempo já fiz alguns aniversários de namoro, já me stressei algumas vezes, discuti outras. fui assaltada, me diverti, matei aulas e não estudei nem metade do que deveria e é por isso que agora vou contar tudo que aconteceu resumidamente e sem esquecer os detalhes, começando pelo assalto mais bobo que já sofri em toda minha vida - e também, o único.
estou no auge da paixão e do desejo e é por isso que pelo menos uma vez por semana deixo de ir à aula e desfruto de ótimos momentos ao lado da minha namorada e como nem tudo são alegrias, já logo alerto que além das milhares de faltas no meu boletim tive um déficit de uns mil reais de bobeira.
estávamos aonde sempre ficamos, com as nossas mochilas do nosso lado, quando passaram quatro moleques e sentaram, ficaram nos observando, depois retornaram e um deles subiu, pegou as mochilas e correu. instintivamente, repuxei a mochila e de repente tive um flash que me fez soltar por medo do que poderia acontecer.
despreocupadas, continuamos conversando e falando da perda, fazendo o balanço do que tínhamos perdido e quando percebemos realmente o que havia acontecido, saímos correndo p. ver se achávamos eles.
já era tarde.
andamos, corremos, perguntamos e não achamos. o policial que estava por perto de moto deu a volta no quarteirão e logo desistiu de achá-los.
como se não bastasse isso, ainda tinha que esperar a hora de voltar p. casa - fui assaltada no horário que deveria estar no colégio.
esperei, liguei p. meu pai e ele foi me buscar. eu disse que estava tudo bem e que não queria fazer o boletim de ocorrência. ele não sabe, mas seria outro problema chegar à delegacia e encontrar com os pais da minha namorada lá.
quando cheguei em casa me dei conta do que havia acontecido e começei a chorar, percebi que por mais que fossem bens materiais que tinham tirado de mim, havia sentimento em cada uma daquelas coisas que me levaram: as mensagens do meu celular, as fotos do meu caderno e por aí vai.
é realmente deprimente lutar por algo e alguém que não tem nada a ver com a história chegar e tirar de você em questão de segundos. é triste saber que em um país onde poucos tem condições de comprar o que querem, existe alguns que não têm essas condições e tiram dos que têm.
sem mais reclamações, o que me restou foi comprar tudo de novo.
uma semana sem celular e a depressão já me aguardava, haha. minha mãe sempre diz que é melhor gastar dinheiro com qualquer coisa que não sejam remédios e isso explica que meu celular novo chegou rápido ás minhas mãos e está na minha frente, olhando p. mim nesse exato momento.
é meu, mas parece que não.
é uma sensação estranha, uma posse parcial. eu estava acostumada com o meu outro celular e não com esse que eu nunca tinha visto na minha vida, nunca tinha tido contato.
me pergunto as vezes se é isso que quem tirou o celular de mim pensa, onde será que ele tá agora, de quantas outras pessoas ele tirou coisas importantes ou desnecessárias, quantas outras pessoas foram embora a pé por não terem nem dinheiro p. voltar de ônibus p. casa. outras vezes não chego nem a gastar meu tempo com esse tipo de pensamento: é óbvio que pessoas com essa índole não tem sentimentos e muito menos se importariam se a pessoa a quem roubaram tem medo agora de andar na rua, está em depressão, está assustada, perdeu noites por achar que alguém abriria a porta do quarto e levaria o que lhe resta.
nem sei até que ponto essas pessoas são consideradas pessoas.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

morte aos amigos.! (mas não aos meus, claro)

não sei pq eu párei de postar aqui - na verdade eu até sei, não tem motivo - mas agora eu vou escrever e prepare-se p. ler, pq eu preciso conversar, nem que seja sozinha.
fico inconformada com o direito que as pessoas acham que tem de se intrometer na vida das outras pessoas quando querem e que podem sair por aí falando tudo que querem, da forma que querem sem se preocupar com o que tais comentários podem causar e sem se preocupar com a vida da outra pessoa, também.
meus namoros sempre foram marcados por inúmeros super amigos que as pessoas que eu namoro costumam ter. odeio isso.
não que eu queira total exclusividade e não permita que quem eu namoro tenha amigos e tenha outra vida na minha ausência, o que acontece é que todos esses amigos vivem se metendo no que acontece e no que deixa de acontecer, dizem ser assim por não querer o mal mas esse é o modo mais infantil de dizer "oi, eu quero que vocês terminem".
morte aos amigos delas, então, já que é assim que eles querem.
p. provar que não é de agora isso, a pessoa com quem namorei há um ano atrás tinha um super amigo, eles eram praticamente irmãos e ele vivia me falando tudo que eu tinha que fazer p. ela. juro que faltava pouco p. eu perguntar pq que ele não namorava com ela ao invés de me falar tudo aquilo. juro.! e quando terminamos por conta de um rolo aí que ela começou a ter, ele dizia que não sabia de nada. aposto que se o problema tivésse sido eu, mesmo que ele não soubesse, ele iria fazer questão de dar um jeito e fingir que sabia, só p. ela não continuar mais comigo.
eu nem gostava dela mesmo, haha. passou. mas eu ainda não me conformo com isso.! como se não bastasse, meu namoro que seguiu esse terminou, também, por conta de um amigo da minha ex e dessa vez, ele tinha motivos suficientes p. terminar com o nosso namoro, mas ele se dizia tanto meu amigo que pensei que não fosse capaz, doce ilusão.
a minha ilusão continua sendo acreditar nas pessoas sem saber o que elas escondem.
novamente, passou.
e eu continuei inconformada com a falsidade das pessoas e começei a perceber que ela é mais acentuada com os amigos das pessoas que eu namoro p. com a minha pessoa.
dessa vez, uma amiga da minha namorada foi lá falar umas coisas p. ela á respeito de um episódio aí que eu nem vou comentar pq já me causou problemas demais, eu já chorei demais e eu já me incomodei demais.
e agora eu pergunto.: quando foi que eu dei o direito dela de cuidar da minha vida e de falar o que eu faço e o que eu deixo de fazer.?
e, respondendo.: nunca.!
eu sei tudo que eu faço, e, no auge dos meus dezessete anos eu já sei - e muito bem - o que é certo e o que é errado.
e olha, eu te falo uma coisa.: se eu aprendi algo com toda a minha experiência, haha, foi ser sincera. foi deixar de lado as coisas passageiras e foi dar valor à quem me dá, foi retribuir tanto as coisas boas quando às ruins.
se não bastasse, essa tal amiga aí da minha namorada ainda me chamou de mal-carater - olha que audácia.! - e à respeito disso eu não vou comentar também pq acredito que não valha a pena dar ibope p. coisas idiotas assim, têm horas na vida da gente que é necessário pensar mais do que agir e mesmo que não surta efeito nenhum, a gente aprende desse jeito.
não sei se é pq a nossa felicidade incomoda, se é pq ela queria que alguém a amasse do jeito que eu amo a minha namorada ou o que é que acontece, o que eu sei é que eu chorei muito por pensar que algumas informações passadas de forma errada poderia terminar com tudo.
nunca chorei tanto na minha vida e em tão pouco tempo, juro. até eu me surpreendi com o tanto que eu a amo.! e me surpreendo também por estar gostando de ser assim, por estar tendo segurança em dizer que amo alguém e que é só isso que eu quero e que me basta e foi uma prova de que ela me ama também, pq embora ela não tenha confiado plenamente em mim, - é, eu sei que não confiou mesmo - ela mostrou que me ama.
e quem ama perdoa, mas isso não significa que quem ama tenha que ser trouxa.
bom, agora está tudo bem. eu não sei como ficarão as coisas daqui p. frente, mas espero que tudo tenha se resolvido da melhor maneira possível.
estou em mês - é, mês. argh - de provas no colégio e eu tenho muitas novidades por conta disso, por entrar mais tarde e por sair mais cedo e eu juro que assim que elas terminarem volto com um pouco mais de tempo, um pouco mais de paciência e um pouco mais feliz e conto tu-di-nho.
áh, outra coisa.
eu tô com uma mania de nova. agora é a vez de falar juro, qualquer coisa que eu falo, digo que juro. não sei pq, mas eu páro.
juro.!
haha.

terça-feira, 11 de março de 2008

eu sou idiota.

hoje reparei um pouco mais na pessoa refletida no espelho. fiz uma séria constatação.
- eu sou idiota.!
isso mesmo, idiota...mas não pense que tenho vergonha disso.
nos dias de hoje, ser idiota é privilégio. os idiotas de hoje são aqueles que conseguem sorrir mesmo quando a dor aperta. são aqueles que ainda dizem "eu te amo" olhando nos olhos, que valorizam abraços e gostam de andar de mãos dadas. idiotas são aqueles que crêem num sentimento sincero, que ainda esperam encontrar um amor perfeito, que escrevem e lêem poesias e que mandam flores. idiotas são românticos, no sentido mais meloso da palavra, mas não se envergonham disso.
são aqueles que se permitem chorar quando a dor machuca, quando o amor se vai ou o filme emociona. cantam músicas de amor como se fossem hinos, mesmo porque, para seus corações apaixonados realmente são.
idiotas são sentimentais.
se magoam com a menor das brigas e lutam pela reconciliação. são aqueles que não ligam para o que os outros dizem, eles se dão por completo. idiota é aquele que pede desculpa mesmo sem ter errado, que pede licença, que dá bom dia, boa tarde, boa noite. que pergunta "como vai.?", "precisa de alguma coisa.?", "ta tudo bem.?".
é aquele que não esquece nem do amigo que não dá mais notícias, aquele que lembra da infância e comemora o quanto foi bom. idiota é aquele que ri de si próprio, que brinca de descobrir desenho em nuvem, que anda descalço e toma banho de chuva. que chora por briga de amor, e que a cada briga acha que o mundo acabou, mas que logo perdoa.
idiota é aquele que, mesmo nesse mundo corrompido, insiste em ser sincero. que estende a mão pra ajudar quem for, que faz o bem sem olhar a quem. idiotas se preocupam, se arrumam e se enfeitam para ver a pessoa amada. querem estar sempre belos, nem que seja só pra se olhar no espelho.
idiotas se divertem.
idiotas têm amigos.
idiotas amam.
idiotas são felizes...
depois disso tudo, eu te pergunto.: vale ou não a pena ser idiota.?

quinta-feira, 6 de março de 2008

a força do povo.

essa história nem é minha mas as vezes é legal que peguemos a vida e as dores das pessoas as contemos - e não é pq falei dor que vai ler uma história triste agora, foi só p. fazer um draminha mesmo.
ela estava lá aonde trabalha observando pela janela a cidade andar, párar e andar de novo; coisa de quem não tem o que fazer - ou até tem, mas não faz - no meio da semana, com um calor escaldante e já chegando ao final da tarde.
lá de cima ouviu vozes que gritavam "pára, pára, pára...vai bater.!" e aonde ia bater eu já não sei pq já disse que não estava lá. era um caminhão que precisava estacionar p. descarregar mercadorias. lá é uma avenida cheia, cheinha de comércios. eu já ouvi dizer que tudo fica mais pesado com o calor, imagine então um caminhão cheio de pacotes. o motorista não conseguiu, coitado; ainda o apavoraram com a idéia de que ele ia bater e destruir alguma coisa dali. em frações de segundos após o "pára, pára, pára...vai bater.!" o moçinho que estava lá ajudando ele a estacionar já disse.: "é, vai ter que dar ré...não tem jeito de ficar aqui não".
não que aqui seja uma cidade imensa, mas tem a movimentação da galera querendo ir p. casa depois do trabalho, da galera que passa o dia todo andando de carro só p. atrapalhar e de todo o resto da galera e a conclusão é que o caminhão aí trancou o trânsito que cresceu e da janela ela via carros à perder de vista.
o trânsito stressa as pessoas, néh.? junto com aqueles gritos do moçinho que ajudava, agora tinha o dos motoristas que já ficavam impacientes e buzinavam e, nem assim, ajudavam.
o povo do comércio foi saindo p. ver o que acontecia e de repente saí de um carro lá de longe um homem que ainda não tinha meia-idade, todo engravatado e com cara de que nunca atende o celular quando a esposa liga e puxou as mangas da camisa e pôs-se a ajudar movido pelos curiosos de plantão que lá estavam p. ver.
"vai, dá ré, agora p. direita, vira todo o volante, engata a primeira e vaaaaaaaai."
e foi. aquilo parecia o maracanã lotado em dia de clássico carioca.
era gente gritando "vai, vai, vai" daqui; gente gritando "uuuuuuuh" de lá e gente batendo palma quando eles, finalmente, conseguiram.
tem que ter fé, garra e força; a força está mais relacionada com a união e pressão psicológica que você pode impor à alguém do que com quantos centímetros de braço você tem.

* http://otropicodecancer.blogspot.com/

segunda-feira, 3 de março de 2008

nomes.

a gente tem nomes p. que nos achem com maior facilidade, p. que não tenham que ficar nos chamando com onomatpéias e p. que encontrem apelidos carinhosos que derivem do nome que nos foi dado.
acontece que, se a intenção é que se ache com maior facilidade, os nomes deveriam ser únicos. essa história de nome repetido não poderia existir, pelo menos não em uma mesma cidade. a progressão geométrica em que a população cresce torna impossível que cada um tenha um nome pq embora sejam vinte e tantas letras no alfabeto nem todas elas se combinam, nem todas elas se permutam e, também, nem todas elas tem sentido.
todo ano antes do começo das aulas eu procuro saber quem são as pessoas novas no colégio, por curiosidade e vontade de saber qual é a probabilidade de dividir os meus dias com pessoas bonitas, interessantes e outras coisas mais. hoje é quase impossível ter menos de dois conhecidos - amigos, colegas, primos, vizinhos e reticências - com qualquer que seja a pessoa que entre na sua vida, ou que passe pela sua frente, pegue o mesmo ônibus com você, ande na rua que você mora.
começei a falar com uma garota que está no primeiro ano e nós temos muitas pessoas conhecidas em comum, contando só as que nos demos conta já passam das vinte e mesmo depois de um mês e pouco de aula, ainda não a ví. ela disse que já me viu mas que sente vergonha em vir falar comigo. o zodíaco diz que aquarianas são as mais desligadas e bom, isso deve explicar pq eu não a notei ainda, não.?
...mas não foi por falta de vontade.
dentre as pessoas que conheço em comum com ela no próprio colégio já busquei saber quem ela é, só o que prejudica é que na sala dela tem outra menina com o mesmo nome e sempre acabam confundindo-as e remetendo-me à outra e eu nunca a encontro.
tá aí o problema de pessoas terem o mesmo nome.
se só ela tivésse o nome que tem, eu já teria encontrado e falado e visto ela há pelo menos umas três semanas - contando os desencontros que poderiam acontecer.
não sei se é falta de criatividade, de opção mas tem pessoas que tem pelo menos umas vinte outras pessoas com o mesmo nome. nomes da moda, sabe.? surge aquela tendência, todas as crianças que nascem tem o mesmo nome e tempos depois, muda a tendência e surgem outros nomes. aí as pessoas com faixas etárias iguais têm grandes chances de ter nomes iguais se os pais seguiram a moda, foram atrás da tendência.
a solução p. esse problema, creio eu, que seria ao invés de nomes, dar números às pessoas, por exemplo.: eu fui a primeira pessoa a nascer no mundo, então eu sou a número um. meu vizinho foi a trigésima, então ele é o número trinta. o único empecilho disso tudo é que, quando a idade chega e ninguém quer falar quantos anos tem, já é mais fácil de saber que a pessoa não é tão novinha assim, pelo número que lhe foi dado; outro empecilho é que, sorte terão apenas os que nascerem antes, que terão poucos números como identificação, mas e quem nascer daqui vinte anos.? vão ter uma dízima periódica, néam.?
haha.