eu sou a filha mais velha dele embora minha mãe tenha tido outro filho antes de conhece-lo e meu pai o trate como filho dele, eu sou a filha que nasceu dele, que tem características dele e que deve a vida à ele e por isso, tenho que fazer valer a pena ter sido a primeira e fazer com que ele - meu pai - se orgulhe de mim e agradeça por eu ter sido a primeira.
a minha família sempre foi muito conturbada e até nos momentos mais simples, existem motivos que fazem com que apareçam discussões e derivados e dessa mesma forma, mesmo com todas as conturbações e discussões, eu amo a minha família e se eu a tenho agora, devo isso ao meu pai e a minha mãe, mas quando for dia das mães eu escrevo algo p. ela.
hoje o dia é dele e por isso, eu tenho que me limitar a escrever somente dele.
e p. ele.
eu e o meu pai sempre tivémos fases e fases.
fases em que mal nos víamos, daqueles anos em que eu estava no maternal ainda e dormia antes que a novela das nove começasse. fases em que saíamos todos os finais de semana, íamos ao shopping e não fazíamos nada enquanto a minha mãe ia na casa de alguma amiga dela ou fazia outra coisa.
fases em que meu pai, empolgado com o meu irmãozinho, esquecia que eu existia e praticamente não me olhava - ou era eu que, por estar com ciúmes, via o que eu não queria ver. fases que só discutiamos e que eu não o abraçava. fases em que ele queria que eu contasse tudo que acontecia comigo.
fases que, hoje, eu vejo que foram essenciais p. que eu pudesse entender o quanto é importante ter alguém p. sentir e chamar de pai.
tudo bem que não é fácil contar tudo o que eu acontece e por muitas vezes, eu não conto absolutamente nada. mas isso não é questão de confiança, é questão de insegurança. e por vez, isso toma conta de mim de tal forma que nem eu consigo controlar e isso, eu herdei dele que um dia, há uns três anos atrás, disse.
disse também que era covarde e que tinha medo, talvez o medo que ela tenha seja o mesmo que sinto quando sei que as minhas atitudes são "erradas" ou seja um medo que decorre da insegurança.eu sou tão ele.!
dizem por aí que os meu nariz é dele, o meu cabelo é dele mas eu não consigo achar essa semelhança, acho que pq sempre fui dele então, p. mim, isso não é mais novidade nenhuma.
eu gosto de ser assim, tão dele.
eu fui beeeem planejada e a minha mãe até me desenhava e tenho certeza que, como ela era [ e ainda é ] apaixonada pelo meu pai, colocava em mim os traços dele e deve ser por essas e outras que hoje eu sou assim.
tão ele.
e agora eu só tenho a agradecer a ele por eu ser assim, tão parecida com ele. e que, mesmo que pareça que somos totalmente diferentes, são essas nossas diferenças que nos fazem iguais assim.
só tenho a agradecer por todas as vezes que você me impediu de sair, mesmo que eu tenha gritado muito por isso. as broncas e as risadas que você sempre me proporcionou, mesmo quando eu não queria ouvir - tanto as broncas, quanto as risadas. aos abraços amigos que você me deu e as vezes que você me disse que me amava, que chorou comigo e que tentou entender o pq de tudo ser assim.
e sei lá, pensei bastante nisso e acho tudo é assim pq você é o meu pai e eu sou a sua filha e as relações entre duas pessoas com esse grau de parentesco sempre serão assim.: conturbadas, porém felizes.
te amo.
feliz dia dos pais, pai.
tá no meu coração e em todo o resto que eu tenho e devo a você, até nos meus pares de cromossomos homólogos que, com certeza, tem um pouco da sua combinação gênica. no nome no rg e nos boletos das minhas contas que você paga.
nas fotos, nos momentos felizes e nos tristes. no meu dicionário, junto com o signifcado de amor, família, felicidade e essas coisas que costumam atribuir a pessoas tão importantes quanto você.
domingo, 12 de agosto de 2007
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