acho que eu nunca consegui ter um relacionamento estável por muito tempo. embora no meu relacionamento anterior, que foi um dos mais duradouros que já tive, eu nunca tenha tido brigas e nem discussões era pq eu sempre fugia do assunto ou deixava que ele se afastasse do momento e era isso que tornava o nosso namoro tão perfeito p. quem nos via, p. meus amigos e p. quem não sabia o que acontecia de verdade.mas não sei o que realmente acontece comigo que nesse namoro que estou, não consigo omitir o que acontece e nem fugir do assunto. e os problemas estão sendo cada vez mais frequentes por motivos que eu desconheço - ou quero desconhecer.
eu não consigo vê-la triste, desconfiada, estranha, confusa e ficar quieta como eu ficava na maioria dos relacionamentos um pouco mais sérios que já tive; aquilo p. mim era coisa de momento que com algum agradinho passaria, e foi assim que eu e a pessoa que namorei antes dela usamos o nosso colarzinho 'estilo kanji' japonês, que começei a escrever cartinhas, que trocamos alianças e por aí vai.
em todos os momentos difíceis que tivémos, arrumei alguma forma que fizesse com que ela esquecesse que tivemos problemas, mesmo que eles não fossem resolvidos.
mas agora a situação é outra.: quando os problemas aparecem eu quero resolver.!
quero entender pq foi assim, achar o erro, consertá-lo e fazer com que tudo volte a ser como antes ou que seja ainda melhor.
o pq eu não sei.!
ou até sei, sei que esse amor é de verdade e é por isso que as minhas atitudes se tornaram assim, pq pela primeira vez que vejo a responsabilidade que eu tenho em um namoro e exerco meu papel de namorada, e é algo que vale a pena.
não que os meus outros namoros não tenham valido, pq eu aprendi muito com eles, mas era de uma forma diferente. como se fosse, estar junto p. passar o tempo. pq eu gostava das pessoas com quem estava como amigas, gostava da presença delas e agora é diferente pq eu consigo imaginar um futuro ao lado da pessoa com quem namoro atualmente, consigo traçar objetivos, fazer planos e até mesmo, desenhar a vida como quero que ela seja daqui p. frente.
há umas três semanas eu disse que queria terminar mas isso não se deve ao fato de não existir amor.
meu deus, ele existe.!
e é tão forte que me tira o ar, me tira o sono, me tira a fome...
nem todos os casos de amor que terminam devem-se ao término do amor, pq nem sempre amar é o suficiente.
era isso que eu queria que ela entendesse.!
a sociedade como um todo ainda é muito imatura e ela torna-se ainda mais imatura quando se trata de algo que acontece com seus parentes, com seus amigos e pior ainda, com seus filhos.!
ela é a mais nova.
os pais dela não gostariam nem um pouco de saber o que acontece, pelo pouco que os conheço e pelo muito que ela me diz.
ela também não gostaria que eles soubessem, mesmo que diga que contaria sem problemas. eu, por já ter passado por esses problemas familiares, tenho medo por ela. pq sou covarde e pq gosto de ver as pessoas que amo absolutamente ótimas, felizes e contentes com a situação em que estão.
enfim, era por isso que eu queria terminar com ela.: p. livrar ela de todos os problemas que eu poderia causar.
e o medo que eu tinha dos problemas, acabou por me trazer mais problemas.
ela mudou comigo.!
mudou, pq acha que eu disse aquilo por não querer mais, por não amar mais.
mal sabe ela que a cada milésimo de segundo meu amor se quintuplica e o grau de querer que tenho, se eleva à potências infinitas.
desde então eu procuro formas p. que ela volte a acreditar que o que eu sinto é imenso e que não acabou e está muito - muito mesmo.! - longe de acabar. eu tento conquistar com algumas palavras, algumas ligações, algumas fotos, alguns gestos...mesmo que todos eles estejam sendo em vão.
é aquela velha história de caminhar, caminhar, caminhar e nunca encontrar o fim da estrada e ainda, ter a sensação que ela está longe de terminar.
uma briga que gerou conversas, lágrimas e problemas que não tem solução.
não que os problemas não tenham solução, eles até devem ter, mas elas seriam mais fáceis se eu soubesse quais são os problemas, como resolve-los e o que fazer, cortá-los pela raiz.
devolver a nós tudo que tinhamos e que, parece que esquecemos jogado em algum lugarzinho por aí.
como se não bastasse isso, no final de semana saímos p. um festival de bandas que tem sempre por aqui e eu costumava ir, nesse achei melhor não ir. ir apenas a porta p. ver alguns amigos que fazia tempos e tempos que não via.
encontrei amigas bebadas que agiam pelo efeito do alcool e faziam coisas na frente da minha namorada que colocava em risco o amor que sinto por ela, mesmo que eu não tenha retribuído nada que tenham feito em mim não é uma situação muito favorável.
outra coisa que prova que eu a amo - pelo menos p. mim - é que eu nunca ví impecilho nenhum em ficar com outras pessoas enquanto namorava.
isso, pq eu nunca tinha achado alguém que fosse suficiente e que fizesse com que eu não desejasse mais ninguém. não tive vontade de ficar com ninguém pq eu a amo.!
eu a amo.!
quanto será que custa entender isso.?
que tudo isso que eu guardo aqui dentro são sentimentos que se unem e formam esse amor verdadeiro. essas promessas que não são só promessas, são vontades. esses planos que são desejos. esses beijos e esses olhares, essas palavras que são provas do meu amor.
nada que eu fiz até agora por ela deve-se à situação em que estávamos, eu fiz pq achava a hora e achava que devia ser feito por alguém e esse alguém, deveria ser eu. pq o amor é meu e nem sempre as palavras bastam.
a aliança que tenho na minha mão direita não é só um mero anel que está ali por estar. é a lembrança da pessoa que eu amo.
os corações que faço no caderno quando não consigo prestar atenção não são corações pq é a única coisa que eu consigo desenhar. são corações pq é a pessoa que eu amo - no caso, a falta dela - que me tira a atenção das aulas.
os copos de suco que tomo não são de maracujá pq eu quero que eles sejam, são pq eles me lembram ela.
suco de maracujá é o preferido dela.!
e tá sendo o meu também, que tô deixando de lado o suco de morango com leite por copos e copos de suco de maracujá.
a salada de tomate que sempre foi a que mais gostei, é ainda mais gostosa por lembrar que ela também gosta...
e eu vivo em função disso.
em função desse amor...
eu como esse amor, respiro esse amor, vejo esse amor.
e mesmo que nenhum escritor modernista, ou nenhum escritor do romantismo, barroco, realismo ou sei lá quais são as outras escolas literárias tenham dito, é por isso que esse amor vive, é isso que mantém esse amor vivo. o que eu como, o que eu respiro e o que eu vejo.
o que eu quero.
e o que eu quero é ela...
e só ela.
sem esse amor, não vou mais ter o que comer, o que respirar, o que ver pq desde que eu encontrei nela, é tudo que eu tenho e mesmo que isso me desespere, eu ainda insisto em acreditar que amar é a melhor coisa da vida e que deve ser dividida com alguém que valha a pena e se chegamos até aqui, se dividimos isso até aqui não foi à toa.
e não foi p. terminar assim.!
só depende de nós mesmas que os nossos planos, as nossas vontades e o nosso amor sejam reais. depende de acreditarmos que somos e que podemos ser ainda mais felizes uma com a outra, que somos o que precisamos e que, o meu mundo está completo mesmo que nele exista só eu e você.
te amo.!
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