quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

eu, por eu mesma.

eu sempre quis encontrar palavras bonitas, categóricas e filosóficas que fizessem a pessoa que eu sou, que falem quem eu sou e por mais que soe irreal, eu sempre quis me tornar o significado perfeito e completo dessas palavras, mas, não sei se consegui.
as experiências, aprendizados e o famoso "o que há de bom na vida" são mais importantes do que todas essas palavras bonitas, categóricas e filosóficas que eu gosto tanto e é uma pena que eu não tenha descoberto isso antes, assim gastaria menos tempo procurando as palavras que dizem que eu sou uma pessoa que, que nem eu sei definir.
eu tenho uma família perfeita, embora essa seja uma certeza que se perde de vez em sempre pelos desvios que acontecem no percurso e também são conhecidos como omissões, discussões e mais umas quarenta e três palavras que terminam com - ssões. até uma cachorrinha que faz xixi em todo canto, eu tenho.!
tenho amigos, perfeitos também. são poucos, porém que merecem ser chamados assim; nem sempre são tão presentes como eu queria que fossem, mas em nenhum momento me ensinaram que p. estar junto e querer bem, é preciso estar o tempo todo perto. não importa que seja um dia ou um ano, importa é a percepção que eu tenho p. saber que é sincero e que, independente da distância, tá sempre por perto - como se fossem anjos. e são.
quanto ao meu coração, ele bate meio sem ritmo mesmo e isso deve ser atribuído não somente à arritmia e o prolapso que a minha mãe e meu pai me deram antes mesmo que eu nascesse. vem do ritmo que a minha vida tem, de todas as vezes que eu perco o ar, que corro quando estou fazendo alguma coisa em algum lugar que não é apto p. o mesmo. falando do coração de outro jeito, ele está bem e muito obg, cheio e sem lugar p. mais ninguém. pois é, eu ainda não tenho coração de mãe - aqueles onde sempre cabe mais um. não sei se eu tô tão apaixonada assim, mas eu tô amando e o melhor de tudo isso é que ela é minha namorada. ela é loira e isso já satisfaz os desejos sexuais mais de metade da população. agradeço sempre por ser a escolhida e satisfazer os meus. haha.
tanto com a minha família, os amigos e a minha namorada e claro, as pessoas que já passaram pela minha vida eu aprendi o que é certo e o que é errado, mas isso não indica que eu não erre e muito menos que eu não tenha consequências por esses erros. mesmo que a vida seja breve, única e deva ser vivida intensamente, essa intensidade deve ser medida. não me arrependo dos meus erros. às vezes quero voltar no tempo e mudar tudo que um dia me chateou, me deixou triste ou me fez perder o que eu dizia ser importante, outras vezes eu tenho certeza que mesmo que eu voltasse no tempo, eu faria tudo igual pq foram esses erros, essas tristezas e até mesmo as perdas que me fizeram ser assim.: forte, persistente e por fim, feliz.
e não é pq tenha a felicidade correndo em minhas veias que não possa ter picos de stress, de nervosismos e de grosseria. o mais importante é que eu não esqueço em nenhum momento que eu ainda sou de verdade e ainda sofro de tpm, mesmo que pouco.
é claro que eu tenho meus defeitos e é claro que eu sei transformá-los em qualidades quando é necessário. eu sou tão mimada quanto uma criança de cinco anos, tão chorona quanto um cachorro abandonado e tento deixar as pessoas que dividem o dia-a-dia comigo felizes, seja com brincadeiras rotineiras ou demonstrações de afeto.
agora, sem as palavras bonitas, categóricas e filosóficas eu posso dizer com todas as letras que eu não sou bem do jeito que eu queria ser e com um passo de cada vez, eu não vou me transformando em quem eu queria mas vou sendo do jeito que eu tenho que ser, vou descobrindo uma qualidade aqui e um defeito acolá e eu sei, eu sei que é só assim que dá p. conseguir o que eu quero.
só assim que dá p. ser alguém que eu conheço tão bem que por vezes, me surpreende por não ser como eu pensava. com mudanças repentinas e que nem são tão necessárias assim eu vou crescendo, vou aprendendo e vou sendo quem eu devo ser.
só eu mesma.

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