quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

só contando o que aconteceu. [2].

ela resolveu deixar o orgulho de lado, resolveu viver. claro que não foi tudo de uma vez.
no começo da semana disse que iria voltar com ele, só p. não sair por baixo, usá-lo e humilhá-lo assim como ele fez com ela.
eles começaram a se pegar pelos cantos, escondidos e agora já estão namorando oficialmente de novo, tão apaixonados quanto antes.
hoje é aniversário dele - parabéns, muitas felicidades e muitos anos de vida - e ela vai fazer uma surpresa p. o final de semana, quando vão estar sozinhos em casa.
comprou uma lingerie vermelha lindíssima, uma caixa com vinho e chocolates, taças de cristal p. comemorarem da melhor forma possível tanto a volta, quanto o aniversário dele.
acho bem estranho como as pessoas pensam que podem dominar o amor e fazer dele o que querem. ela tentou vencê-lo e pouco depois teve que se render à ele.
novamente está lá, nos braços dele, dizendo que o ama, fazendo planos p. o casamento deles que ao que tudo indica, mesmo com todos os deslizes, vai ser em agosto, - não, não é a gosto de deus - quando ela vai aniversariar.
eu não vou julgá-la por ter feito isso, a melhor coisa que se tem a fazer nesses casos é seguir o coração e ela seguiu o dela, por mais que ele seja tão confuso quanto as outras partes do corpo, mesmo que seja sem querer ele sabe o que faz.
e soube saber na hora certa que a vida já não é mais a mesma coisa sem ele, que ela precisa dele até p. se manter em pé, sem desmaiar.
outra coisa estranha é essa tal de dependência que o amor cria em cima da gente, de não conseguir mais ficar sem seja pelo menor tempo.
parece que é doença, vai tomando conta de você de pouquinho em pouquinho e quando se dá conta, já não tem um milímetro de qualquer que seja o órgão sem ele. fica no coração que bate mais forte com um sorriso, no estômago que guarda a macarronada do almoço de domingo ou aquele frango xadrez do almoço de inverno que veio antes da tarde debaixo das cobertas vendo filme, no tecido epitelial que é responsável por aguentar os hematomas ocasionados por brincadeirinhas e em todas as outras partes que sobram, na garganta e nas cordas vocais que dizem as palavras que precisam ser ditas, nas mãos que acarinham e etc.
resumidamente, embora ela quisesse, não consegui ficar sem ele. quanto ao outro carinha lá com quem ela estava enrolada, eu não sei o que aconteceu mas fica meio evidente que eles cortaram as relações e que ela escolheu por ele - o amigo do gordinho - mesmo.
o amor é assim mesmo, tem mania de imitar a arte, de imitar a vida. prega peças na gente, mas, também, dá as peças que faltam.

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